Após queda acentuada na hashrate da rede Bitcoin com restrições da China, métrica deve voltar a subir com expansão da atividade para outros países.
A dificuldade para minerar bitcoin pode estar pronta para começar a aumentar pela primeira vez desde que a China, principal polo da atividade no mundo, anunciou sua proibição em maio.
Segundo especialistas, a rápida expansão das instalações de mineração na América do Norte e o retorno de mineradores chineses a partir de instalações em outros países são os dois fatores determinantes para que a hashrate, como é a chamada a taxa de poder computacional da rede Bitcoin, volte a aumentar.
A dificuldade de mineração é uma métrica para descrever o nível de dificuldade de minerar um bloco e receber recompensas em bitcoin. Um aumento requer que um minerador utilize mais poder computacional para ganhar bitcoin, o que reduz sua margem de lucro. Quanto mais máquinas online, maior a dificuldade de mineração e também maior a segurança na rede Bitcoin.
A métrica enfrentou queda desde que o governo chinês solicitou às autoridades regionais que interrompessem as operações de mineração do país em 21 de maio. O último nível de dificuldade quinzenal divulgado em 17 de julho apresenta queda pela quarta vez seguida desde a proibição.
“Estamos prevendo ajustes positivos para a próxima semana pela primeira vez desde que a hashrate chinesa foi desativada, um aumento de aproximadamente 1,75%”, afirmou no sábado a newsletter da Luxor, empresa de mineração em Seattle.
Mesmo antes da proibição chinesa, grandes companhias de mineração norte-americanas como a Marathon e Riot já estavam expandindo suas operações por conta do bull run histórico no começo de 2021, afirmou o CEO da Luxor Nick Hansen.
“Enquanto verificamos grande queda na hashrate por toda a rede naquela época, outros mineradores também estavam instalando hardware novo”, disse Hansen. “Isso foi apenas desafogado pelas desconexões na China”.
A Marathon disse que enviou um acordo vinculativo de intenções para a provedora americana de hospedagem de serviços de mineração Compute North em maio para rodar aproximadamente 73 mil mineradores de bitcoin como parte do centro de dados de 300 megawatts da provedora no Texas. A empresa de mineração em Las Vegas afirma que sua taxa de hash irá chegar a 10,37 EH/s depois que todas as máquinas forem instaladas.
“Particularmente, estou esperando um ajuste positivo na métrica de dificuldade de mineração para o próximo mês porque os mineradores despejados da China já encontraram novas casas e não irão se desconectar tão cedo”, disse Azam Roslan, sênior em vendas na Wattum, uma empresa de mineração novaiorquina que oferece serviços de corretagem para máquinas de hospedagem e mineração.
A maior parte do crescimento que irá aumentar a dificuldade de mineração nos próximos meses ainda virá dos mineradores norte-americanos que planejaram a expansão à frente da proibição chinesa, afirmou Daniel Frumkin, pesquisador da companhia de mineração Slush Pool em Praga.
“Os mineradores chineses que foram forçados pelas autoridades do país a se desconectar e ainda não encontraram outros meios de voltar a minerar, provavelmente irão demorar mais de três meses para conseguir se conectar novamente, porque na maioria dos casos eles precisam colaborar para construir mais infraestrutura”, disse Frumkin.
O ajuste positivo pode ser o começo de um drástico aumento na hashrate para o próximo ano. “Eu penso que atingimos o ponto mínimo da baixa dificuldade de mineração e agora vamos começar a crescer a menos que o preço do bitcoin mude ou tenhamos outro abalo estrutural advindo de medidas governamentais”, disse Hasen.
Por isso, enquanto a proibição chinesa pode ser um desastre para os mineradores do país, também pode ser um lucro inesperado para mineradores no resto do mundo. Companhias de mineração do centro da Ásia e América do Norte tiraram grandes margens de lucro a partir da baixa dificuldade de mineração. Entretanto, a janela de oportunidades está se fechando lentamente enquanto empresas de mineração no mundo todo estão lutando para construir novos sites de hospedagem e rodar máquinas de mineração.
“Nós ainda temos um longo caminho pela frente para voltarmos a ser o que éramos antes da proibição, mas meu palpite é que os ajustes serão positivos por um bom tempo”, disse Frumkin.
Baseado na média de tempo de execução necessária para construir novas instalações que irão hospedar novas máquinas e também aquelas vindas dos mineradores chineses, Hansen espera que em um período de 12 meses a hashrate irá retornar para o nível que estava antes da proibição chinesa.
“Eu não acredito que o ajuste positivo será pequeno, e nós iremos presenciar crescimento significativo, provavelmente excedendo a maior alta de todos os tempos que tivemos antes da proibição, considerando a quantidade de novas instalações sendo construídas”, disse Hansen.
O processo de mineração do bitcoin consiste na validação de transações da blockchain a partir da resolução de um problema matemático, que gera como recompensa novos bitcoins. Para isso, é necessária infraestrutura computacional adequada. A China era responsável por dois terços de toda a mineração de bitcoin no mundo, mas o impacto da proibição pode ser revertido. Em junho, especialistas viram positividade na mudança e afirmaram que a queda na hashrate é apenas temporária. O processo de migração favoreceria o meio ambiente, a partir do uso de energia “limpa” em novos locais.
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Mineradora de Bitcoin – Cemig BH MG – Desconto na conta de luz: Como minerar Bitcoin?
Pensando em minerar Bitcoin? Confira aqui quais são os equipamentos e a estrutura necessária para fazer isso de forma eficiente e segura.
A mineração de Bitcoin é um assunto que se tornou muito procurado recentemente, principalmente após a grande alta de 2017. No entanto, as questões sobre como minerar Bitcoin ainda geram muitas dúvidas naqueles que buscam resposta sobre a viabilidade de gerar criptomoedas.
Existem diferentes fatores que determinam como ocorre a mineração e se ainda vale a pena ou não “fazer Bitcoin”.
Será que é interessante minerar Bitcoin? Ou é hora de buscar outras alternativas? Bom, primeiro de tudo é preciso entender o que é a mineração de uma criptomoeda e como ela funciona.
Como funciona a mineração de Bitcoin
O Bitcoin é uma moeda de Proof-of-Work (Prova de trabalho, em tradução livre), isso quer dizer que ela precisa de um certo poder computacional (conhecido também como hashrate) para conseguir confirmar as suas transações.
Como o Bitcoin é descentralizado e não possui nenhum servidor próprio, essa computação é garantida por vários computadores presentes na rede, cada computador é chamado de “Nó” ou “Node”.
Os muitos computadores disputam entre si para resolver uma equação matemática (chamada de Hash) que confirmam uma transação e mantêm a segurança da rede.
O Node que consegue resolver a equação minera um bloco e recebe a recompensa pela atividade como incentivo para os mineradores se manterem na rede. De forma bem simples, é assim que a mineração do Bitcoin funciona.
Recentemente as Pools de mineração se tornaram populares. Ao invés de um computador individual realizando a mineração, centenas ou milhares de máquinas unem o seu poder computacional em um grupo. O valor de Bitcoin adquirido é distribuído entre todos os membros.
Também é necessário prestarmos atenção na Dificuldade de Mineração do Bitcoin, parte da programação do protocolo que se ajusta para que a produção de blocos não fique difícil ou fácil de mais, garantindo a segurança da blockchain sem perder o interesse do minerador de Bitcoin.
A dificuldade é ajustada a cada 2016 blocos, mais ou menos duas semanas, e depende do poder computacional.
Equipamentos
Na teoria, minerar Bitcoin é uma atividade que pode ser realizada em qualquer computador com um bom processador, porém, é preciso dar muita ênfase em “Na teoria.”
No começo da blockchain, era possível utilizar parte do processamento normal de um desktop para minerar Bitcoin e obter um certo lucro, mas com o aumento de interesse em participar da hashrate do Bitcoin, os CPUs começaram a não dar conta da dificuldade da rede e perder para equipamentos mais rápidos.
Existem diferentes equipamentos minerador de Bitcoin, no entanto, para ficar na frente da concorrência e obter lucros é fundamental contar com mineradoras especializadas nessa atividade.
Com a evolução da tecnologia e o aumento na dificuldade da mineração de bitcoins, o uso de computadores domésticos para fazer mineração já não é uma prática comum, mesmo aqueles computadores que contavam com poderosas placas de vídeo. Atualmente há equipamentos específicos para mineração de Bitcoin que tornaram praticamente impossível fazer a mineração de outra forma.
A empresa Bitmain, especialista em chips de circuito integrado específicos de aplicativos para mineração de Bitcoin, por volta de 2014 estreou sua tecnologia chips ASICS, feitos exclusivamente para a mineração da moeda. Por conta disso, as máquinas que contam com este chip performam a atividade de mineração muito melhor do que qualquer outro computador, tornando até mesmo inviável realizar a mineração por outras maneiras.
A máquina que roda o sistema chips ASICS que você deve comprar caso queira minerar seus próprios bitcoins é a Antminer.
Atualmente o valor da última geração da máquina, a Antminer S19, está em torno de US 2.767, equivalente a R$ 14.848,51. E você pode comprá-la aqui!
Como minerar Bitcoin máquina, a Antminer S19
Mineradora
Enquanto os CPUs se tornaram fracos demais na mineração de Bitcoins, as GPUs (conhecidas também como placas de vídeo) acabaram adotando o lugar da computação tradicional. A mineração com placas de vídeo ganhou força por volta de 2012 e se manteve por alguns anos.
Até hoje você encontra modelos de minerador de Bitcoin feitos com placas de vídeo, mas mesmo as que possuem 2 ou 4 placas de vídeo em um único nó já não são lucrativas o suficiente para combinar com as novas mineradoras.
Atualmente o mercado é completamente dominado pelas Mineradoras ASIC.
Application-Specific Integrated Circuit, ou Circuitos Integrados de Aplicação Específica, chamados popularmente de ASIC são processadores especializados na mineração de diferentes criptomoedas.
Por ser desenvolvida única e exclusivamente para a mineração, um equipamento do tipo é fundamental para quem quer minerar Bitcoin atualmente. Todas as grandes mineradoras, pequenas ou grandes, utilizam esses equipamentos.
É possível minerar em casa?
Sim, é possível minerar em casa, no entanto, é praticamente impossível obter lucro.
É possível minerar com os equipamentos ASIC, com GPUs, CPUs e muitos outros, recentemente alguns engenheiros conseguiram instalar um programa de mineração no computador do programa Apollo usado na missão tripulada para a Lua nos anos 60.
Mas a mineração em casa é um grande risco de investimento por causa do quanto custa para comprar as máquinas, criar uma instalação necessária, garantir a climatização correta e até mesmo isolamento acústico.
Vale a pena minerar Bitcoin?
Uma mineradora sai caro demais para ser mantida em relação de um possível lucro obtido no mês, pelo menos no Brasil. Por aqui, com o preço da energia custando o dobro da energia do Paraguai e o mesmo da energia dos EUA, não é possível garantir que minerar Bitcoin vale a pena.
Mas claro, vamos explicar para você porque não vale a pena minerar Bitcoin no Brasil. (O segredo é ter energia elétrica barata, aí sim vale a pena) nós temos a solução: https://descontocontadeluz.com.br
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Custos com máquinas
O primeiro custo que teremos ao colocar uma taxa de mineração é a compra de uma ou mais mineradoras. Uma única mineradora, mesmo que ASIC, não terá poder para gerar um lucro bom o suficiente, por isso é preciso pensar em uma operação com mais de uma máquina.
No entanto, para fins comparativos, pensaremos na compra, instalação e operação de um único modelo Antminer T17, com capacidade de 58 TH(TeraHash)/s
Esse é um dos novos modelos da marca mais utilizada no mundo. Os antigos modelos (Antminer S9) que foram os mais populares há alguns anos, hoje já não são mais lucrativos e até mesmo são vendidos por um preço baixo no mercado secundário.
O modelo mais barato dessa linha no site oficial da Bitmain custa US 2.767, ou seja R$ 14.848,51 em conversão direta para o real.
Mas claro, primeiro precisamos pensar no frete e na possível taxação pela Receita Federal. Para se ter uma ideia, modelos do minerador de Bitcoin Antiminer T17 vendidos aqui no Brasil podem chegar a até R$ 16 mil, o que dá uma ideia dos custos extras com a compra do produto.
Esse é um investimento muito alto para uma atividade que pode ser considerada arriscada, devido a fatores que vamos explicar a seguir.
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Taxas
Minerar o Bitcoin é apenas o primeiro passo, depois precisamos pensar sobre as diferentes taxas para conseguir transformar o Bitcoin em moeda fiduciária e até mesmo a taxa para participar de pools para aumentar a possibilidade de lucro.
Caso você decida participar de uma pool, o que é praticamente uma exigência para ter qualquer lucro, parte da mineração vai para administração da pool. A maior pool do mundo, a Slushpool, atualmente está com taxas de 1%, esse está sendo o padrão do mercado, que pode chegar até 2%.
Já para vender as moedas para obter o lucro em fiat (real), é preciso pensar nas taxas das corretoras.
Halving do Bitcoin
Um outro fator que precisa ser considerado é que a cada 4 anos (em média) o Bitcoin passa pelo Halving, o evento em que a recompensa por mineração de bloco é cortada pela metade. O último aconteceu em maio deste ano, e antes disso cada bloco minerado distribuía 12.5 BTC, atualmente a recompensa é de 6.25 BTC, daqui a quatro anos o valor é cortado ao meio mais uma vez.
Com isso em mente, o halving também é algo muito importante a ser considerado e ser entendido.
Apesar de ter diminuído o número de moedas liberadas, o halving ainda pode trazer um impacto muito positivo no valor da moeda, o que também pode ser um incentivo para mineradores no futuro.
Custos com infraestrutura
E claro, temos também os custos a infraestrutura onde a mineradora vai funcionar, em especial o custo com a energia elétrica, que é o principal fator a ser considerado na hora de saber se vale a pena minerar Bitcoin no Brasil.
Ambiente climatizado
Uma das primeiras preocupações é com o ambiente climatizado, já que é necessário um ambiente frio para o bom funcionamento de um minerador de Bitcoin. Como todo equipamento eletrônico e computacional, um miner gera calor e o calor acaba diminuindo o tempo de vida da máquina.
Um ambiente não climatizado vai fazer o equipamento estragar mais rápido, causar mais custos de manutenção e diminuir consideravelmente a margem para lucros.
Isolamento acústico
Isolamento acústico também é necessário por causa do barulho que uma mineradora pode fazer. Já que ela vai ficar ligada 24h, assim como o sistema de climatização, há um certo barulho envolvido em como fazer bitcoin.
Para evitar problemas com vizinhos em áreas urbanas densas, as paredes também precisarão de tratamento acústico de qualidade.
Gastos com energia elétrica
E agora chegamos no grande X da questão, o gasto com energia elétrica é o principal fator para determinar a lucratividade na hora de minerar Bitcoin.
Se você quer saber exatamente quanto se gasta para minerar Bitcoin aqui no Brasil, o caminho das pedras é o seguinte:
- Utilize como base o Antminer S19
- Utilize como base o custo médio de kw/h de 2021: R$1,34 a cada 100kw/h
- Consumo de 3250W que é informado pelo fabricante do Antiminer S19
- Utilize uma calculadora de consumo básica e uma de lucro com mineração para adquirir os resultados mensais
- Considere o preço mais atual do Bitcoin: até o momento de atualização deste artigo a moeda valia R$ 198.495,91
- Considere a máquina funcionando 24 horas por dia
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A partir das calculadoras, você deve calcular:
- Bitcoins Minerados
- Valor em Bitcoin minerado por dia (considerando a cotação mais atual da moeda)
- Custo mensal de energia
- Calcule o lucro por dia e por mês, abatendo os custos mensais de energia do lucro mensal
Em geral, o gasto é extremamente alto e não compensaria minerar o Bitcoin em casa, sem uma estrutura adequada e um plano para distribuição desses bitcoins.
Isso por que não estamos considerando o gasto com os equipamentos de climatização e também não consideramos períodos de bandeira vermelha.
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Custo da energia na sua cidade
Claro, cada cidade possui uma cobrança diferente de energia e é preciso olhar na sua conta de luz para determinar com mais precisão quanto seria gasto com a mineradora do exemplo ou com qualquer outra.
No entanto, de forma geral, utilizando a média brasileira minerar Bitcoin não é um negócio lucrativo. Não é à toa que os maiores centros de mineração estão em países como a China e Irã, onde a energia (pré-pandemia) tinha um preço muito mais baixo do que é praticado no Brasil.
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Alternativas
Existem diferentes alternativas para a mineração de Bitcoin. O trade por exemplo talvez seja a melhor forma de conseguir Bitcoins sem tanto gasto com a estrutura que citamos durante este guia.
Mas, nunca acredite em promessa milagrosas. Recentemente surgiram vários projetos que prometiam mineração em nuvem com servidores no Paraguai ou outros países. Todos acabaram sendo um esquema de pirâmide e trouxeram vários prejuízos.
Até agora a mineração em nuvem não se provou algo funcional e que pode trazer lucros, por isso é importante pesquisar muito sobre o projeto antes de realizar qualquer investimento.
Além disso, como podemos ver no tópico dos gastos, a mineração própria, neste momento, carece de um investimento alto e um retorno nem tão atrativo assim. Uma ótima alternativa também, com um custo muito menor, é realmente optar por investir na própria moeda.
Minerar outras criptomoedas
Por fim, outra possibilidade é a mineração de outras moedas digitais com menos dificuldade. Moedas pequenas, como DogeCoin, Litecoin, ZCash e Grin são relativamente mais fáceis de gerarem lucros, algumas até são resistentes à ASIC e facilitam a mineração por CPU/GPU.
No entanto, a mineração acaba dependendo muito do valor da criptomoeda e caso uma valorização massiva nas altcoins não chegue, pode ser que montar uma operação de mineração de altcoins também seja pouco ou zero lucrativa aqui no Brasil.
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